LUGO .- Nestes días está de actualidade a problemática xerada polas centrais nucleares despois de que o goberno, desfollara a margarida do peche de de Santa Maria de Garoña. A polémica entre ecoloxistas e políticos levantou as dúbidas acerca da conveniencia ou non de apostar por esta fonte de enerxía para fornecérmonos de electricidade. “En ADEGA témolo claro: a enerxía de orixe nuclear non é eficiente, barata nen moito menos ecolóxica. Eis os nosos argumentos que nos gostaría foran rebatidos por eses políticos “atómicos”, científicos subvencionados e demais apóstolos da enerxía nuclear. Un artigo de Adela Figueroa, Presidenta de ADEGA”.
Reproducimos se seguido o artigo de Adela Figueroa na súa grafía orixinal:
A poluição de uma central começa já desde o primeiro momento da extracção do combustível. O minério do que se extrai tem que ser enriquecido para ser útil na central atómica. Este processo incrementa a proporção do isótopo Urânio 235, que vai ser montado nas barras que vão formar o combustível no núcleo do reactor. Extracção transporte, armazenagem produzem entre o 20 e o 40% do CO2 de uma planta de gás clássica. Também são produzidos outros gases de efeito invernadoiro, ainda que em quantidades desconhecidas como SFC Ou exafluoreto de Enxofre (SF6).
A partir deste momento o risco de contaminação depende, fundamentalmente, do funcionamento da central. Estes riscos concentram-se nas possíveis fugas de material radioactivo que podam acontecer durante o processo de produção de electricidade. Temos que dizer, que, si bem pequenas, nunca deixou da haver fugas: para os rios que se usam como refrigerantes finais (tipo de Sta Maria de Garoña) ou para a atmosfera, misturados com o vapor de água que procede das torres de arrefecimento. Uma central utiliza grandes quantidades de água que toma dos rios. Unha parte importante desta é restituída a atmosfera na forma de vapor.
Uma outra problemática é a dos resíduos radioactivos. No caso da de Garoña estes acumulam-se nas piscinas que já estão quase a se colmatar. Terão que ser acumulados , em seco, em lugares profundos, onde a radioactividade que emitem seja abrandada por unha substancia absorvente de protões. As centrais nucleares produzem entre 8.800 e 13.200 tm de resíduo nuclear usado/ano. Estes continuam a emitir radioactividade por mil ou milioes de anos.
Os recursos também são outro problema, pois as reservas estimadas pela União Europeia não superam as 2a 3 milioes de Tm totais. A dependência tampouco e um assunto de somenos importância, pois os principais jazigos estão concentrados longe de Europa. Um dos maiores está na Austrália. Parte do combustível utilizado nas centrais nucleares é de procedência secundaria de aproveitamento de engenhos militares. As centrais nucleares estão subvencionadas de diferentes maneiras, directamente ou eximindo-lhes de certos pagamentos, como seguros, etc. (caso Francês).
Indico um decálogo que resumiria as rações para rejeitar-mos a energia de procedência nuclear.
1.- A electricidade gerada a partir de centrais nucleares não é segura,
2.- É altamente contaminante, (águas, terra, ar, saúde das pessoas etc.)
3.- Não contribuem a reduzir os gases de efeito estufa.
4.- É mui cara. Mantém-se graças aos subsídios governamentais (que pagamos todas/os)
5.- Os refugalhos apresentam muitos problemas para o seu processado, acumulando-se (não se lhes pode aplicar a máxima dos resíduos: reduzir reutilizar, reciclar).
6.- As reservas mundiais são finitas e mui localizadas.
7.- O processado da matéria prima (enriquecimento) e outras manipulações, precisa de uma alta tecnologia, pelo que aumenta a dependência dos países menos desenvolvidos de aqueles.
8.- Não garante a paz, porem aparta-nos dela.
9.- Os refugalhos depositados nos fundos oceânicos são bombas energéticas de longo percorrido (fossa atlântica).
10.- A ENERGiA OBTIDA POR REACTORES NUCLARES não É UN PROCESSO SUSTENTAVEL
Alternativas: Redução e rendibilidade energética, aproximando a produção de electricidade aos pontos de consumo eliminando perdas pelo transporte de linhas de alta tensão . Normas estritas de construção de edifícios que visem um eficaz aproveitamento energético, e de origem solar como geotérmica, entre outras. Diversificação de fontes utilizando telhados de edifícios e naves industriais como suporte para engenhos ( placas solares ou ventoinhas). Controlo sobre as grandes companhias que fazem os mix eléctricos em que não sabemos de donde procede a energia que consumimos. Temos que caminhar obrigatoriamente, para a autonomia energética e ao auto-abastecimento. De outra maneira não conseguiremos sairmos desta crise em que estamos e que encaramos cunha perigosa fugida para adiante.